Rocker, Gullwing ou Zero

Tentando trazer esclarecimento na escolha do camber mais adequado as nossas necessidades, a seguir serão apresentadas as opções mais interessantes desta nova tecnologia que está literalmente modificando o conceito de snowboard dos últimos anos. Considerando as inúmeras variantes propostas no mercado, neste post serão explicadas somente as principais opções de camber invertido. Em caso de dúvida ou precisando de especificações sobre um outro tipo de camber não tratado aqui, é só entrar em contato aqui no blog ou no .

BANANA
Simplesmente é o oposto do camber tradicional. a prancha apoia na parte central deixando a ponta e a cauda levantadas e apresenta na longitude um único raio de curvatura convexa. Apresenta uma distribuição regular que facilita a convergência do peso no centro da prancha tornando-a mais ágil em manobra e permitindo uma fácil recuperação da linha em caso de erros e é usada tanto em pranchas de freeride quanto de freestyle.

U ROCKER
Considerado como variante do Banana, o U Rocket consiste em dois raios de curvadura que se encontram ou no centro da prancha, prevalentemente no caso de snowboards para freestyle, como também podem se encontrar em correspondência do centro da silhueta das lâminas (ponto mais estreito do snowboard) que, especialmente em caso de pranchas para freeride, podem estar bem mais atrás, perto da cauda (set back). Neste mesmo caso a prioridade é de distribuir o peso/força do rider no centro da prancha, tornando o snowboard mais fácil na condução

V ROCKER
Em síntese o conceito do V Rocker é de duas líneas retas que se unem no centro da prancha e o camber não é constituído por uma curva mas por uma V. A base não é arredondada, mas apresenta uma pequena quina em correspondência do centro ideal da prancha. Tecnicamente é o mesmo conceito da Banana mas a reatividade é bem superior.

Começando com estas tecnologias “base” de camber nascem outras versões as quais, por exemplo, o Double V Camber (4 líneas compõem o camber invertido ao invés de duas). Existem camber U ou V com uma parte mais achatada no meio da prancha, ou camber assimétricos para pranchas mais direcionadas ao freeride. Enfim a experimentação acabou de começar e novas variantes de camber irão surgir proximamente. Entre estas as que mais estão despertando interesse são:

GULLWING
Literalmente significa “asas de gaivota” e isso já ajuda a entender a ondulação do camber. Iniciando com o pressuposto que os pontos de contato força/peso do rider no snowboard são dois, algumas empresas começaram a realizar pranchas com camber duplo. Tecnicamente poderia ser considerado como uma combinação entre camber clássico e invertido que deixa a parte central mais baixa que as extremidades e aportando uma dupla curvatura capaz de distribuir a força de forma uniforme tanto na ponta como na cauda, quanto no centro da prancha. Finalidade disso é a tentativa de deixar o snowboard mais flexível na parte central enquanto as extremidades ficam mais reativas.

ZERO
Simplesmente zero camber, prancha totalmente plana sem nenhum tipo ponte. Esta tecnologia privilegia o utilizo de materiais de qualidade, visto que a reatividade é exclusivamente deixada aos insumos usados, além do preparo físico do rider.

Para ter uma visão completa desta “dor de cabeça”, não se pode esquecer que, além de quanto explicado até aqui, precisa-se ter em viva consideração as características técnicas com as quais cada prancha é construída. Por exemplo as silhuetas das lâminas, os vários tipos de material usados como base/P-tex e, obviamente, os materiais (madeira, sintético, estruturas mistas…) com os quais são construídos os snowboard, podem tornar uma prancha mais rígida ou mais flexível, influenciando diretamente sobre cada resultado. Ou seja estamos em um momento de verdadeira experimentação, por isso, antes de comprar um novo snowboard, aconselho de desfrutar os demo tours que cada marca realiza durante a temporada de inverno, independentemente do continente e/ou do hemisfério, e experimentar diretamente as sensações que cada tecnologia nos oferece, aumentando o prazer de praticar o nosso esporte preferido.

ianny

...moro no Brasil, em uma ilha, e procuro neve, por paixão e por necessidade, o tempo inteiro, independentemente do mês ou do hemisfério. Sou snowboarder, goofy, mas provo prazer com todas as coisas que deslizam na neve, especialmente se são rápidas e harmoniosas com o contexto de montanha.

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